A Taxa CDI é a sigla para Certificados de Depósitos Interbancários, portanto, a taxa utilizada para os bancos emprestarem dinheiro entre si.
O objetivo da taxa DI é equilibrar os caixas dos bancos.
Nascida na década de 1980 tinha o objetivo de orientar a liquidez dos bancos comerciais, que emprestam dinheiro entre si, tornando o sistema financeiro bancário mais homogeneizado e robusto, com maior firmeza.
Na década de 1980 nós temos a quebra de grandes bancos brasileiros, muitos deles com histórias centenárias, como foi o HASPA (liquidado em 1983), o AUXILIAR (liquidado em 1985), o COMIND (liquidado em 1985).
Temos ainda na década de 1990 e 2000, a absorção de outros grandes bancos comerciais por outros: BANESPA (incorporado pelo Santander), REAL (incorporador pelo Itaú) e BANDEIRANTES (incorporado pelo Unibanco) e UNIBANCO (incorporado pelo Itaú).
Quem fazia as compensações dos empréstimos interbancários era a CETIP, uma empresa privada a integradora do mercado financeiro e significa Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos que hoje faz parte da B3.
Por determinação do Banco Central, todos os bancos comerciais precisam fechar o dia com o saldo positivo, isso é uma medida de precaução para reduzir os riscos sistêmicos dentro do mercado financeiro.
Mas e se algum banco fecha o dia negativo?
Ele solicitará um empréstimo a outro banco, sob um prazo curtíssimo (apenas 1 dia) e emitirá o Certificado de Depósito Interbancário – o CDI.
Para essas transações os bancos utilizam a taxa CDI, portanto essa taxa nada mais é do que a taxa de juros para as operações de empréstimo entre os bancos.
Então os bancos que possuem caixa positivo emprestam para bancos que possuem saldos negativos ao final de um dia.
Vale salientar que a taxa DI é utilizada exclusivamente nessas operações interbancos, uma pessoa física por exemplo não pode contratar essa taxa em seus contratos ou transações pessoais.
Sobretudo, é possível utilizar ela como taxa referência em diversos produtos de investimentos.
Metodologia de Cálculo da Taxa DI
As estatísticas referentes ao ativo Taxa DI-Cetip Over (Extra-Grupo) são calculadas e divulgadas pela B3, com base em operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros pré-fixados com um prazo de um dia útil. Estas operações são registradas e liquidadas através do sistema B3, conforme estabelecido pelo Banco Central do Brasil.
No contexto do mercado interbancário, são consideradas apenas as operações com um prazo de um dia útil (conhecidas como operações “over”), e estas são selecionadas entre instituições de conglomerados diferentes (Extra-grupo), excluindo-se aquelas realizadas dentro do mesmo grupo (Intra-Grupo). As estatísticas resultantes desse processo representam, portanto, as estatísticas da população de DI Over prefixado (Extra-Grupo).
A partir de 01/10/2018, a metodologia de cálculo da Taxa DI depende da satisfação de duas condições:
- O número de operações elegíveis para o cálculo da Taxa DI deve ser igual ou superior a 100.
- O total dos volumes das operações elegíveis para o cálculo da Taxa DI deve ser igual ou superior a R$ 30 bilhões.
Se, no dia de apuração da Taxa DI, pelo menos uma dessas duas condições não for atendida, a Taxa DI será igual à Taxa Selic Over divulgada naquele dia*.
A Taxa DI é igual à Taxa Selic Over:
No caso de a Taxa Selic Over não ser divulgada até às 21h00, a B3 poderá utilizar, para fins de apuração da Taxa DI, a Taxa Selic Over divulgada no último dia útil anterior. Se essa situação ocorrer no dia útil imediatamente posterior à divulgação da Taxa Selic Meta pelo Comitê de Política Monetária (“COPOM”), a Taxa Selic Over do último dia útil anterior poderá ser utilizada, com ajustes de acordo com a variação da Taxa Selic Meta decidida na reunião do COPOM. Uma vez divulgada a Taxa DI, mesmo que a Taxa Selic Over do dia seja divulgada posteriormente, a Taxa DI não será recalculada.
Se, no dia de apuração da Taxa DI, ambas as condições mencionadas nos itens I e II forem satisfeitas simultaneamente, a metodologia de cálculo envolve grupos de taxas e valores, conforme definido desde 07/10/2013 e descrito a seguir. Nesse método, não são excluídos 5% dos extremos das caudas (superior e inferior); em vez disso, há uma diluição do percentual alfa, fixado em 10%, ao longo de toda a série de dados. Isso resulta na redução dos pesos das caudas, que são distribuídos proporcionalmente nos pesos remanescentes, como explicado com mais detalhes no próximo item.
CDI e SELIC
A taxa DI sempre será muito próxima da taxa básica de juros da economia, a SELIC.
Isso acontece devido ao baixo risco das operações.
Por se tratar de bancos comerciais sólidos que são adequados ao sistema financeiro nacional, as chances de calote são baixas, assim como em títulos do governo e na poupança.
Produtos Atrelados ao CDI
- CDB’s
- LCA
- LCI
- CRI
- Debêntures
Se um CDB tem rentabilidade de 100% do CDI, então ele tem um retorno igual a taxa do CDI.
Atualmente, em 2023, o CDI está em 13,65% ao ano.
No exemplo de um produto que renda 80% do CDI teríamos: 0,80 x 13,65 = 10,92% ao ano.
Se você investiu R$ 10.000,00 em um CDB com 80% de retorno então terá ao final deste ano R$ 11.092,00.
Quando a taxa de juros da economia passa por períodos de alta, os investidores encontram em produtos atrelados ao CDI uma opção segura, conservadora e rentável de investimento.
Por possuir um prazo baixo de liquidação torna-se uma ótima opção para investimentos com objetivo de compor fundo de reserva ou reserva de emergência.
Você pode simular correções pela taxa DI na calculadora oficial da B3: CALC Powered by B3 (calculadorarendafixa.com.br)
A Taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa de juros que é amplamente utilizada no Brasil como referência para o mercado financeiro. Ela representa a taxa média de juros que os bancos cobram entre si em empréstimos de curto prazo no mercado interbancário. Em outras palavras, é a taxa que os bancos pagam ou recebem ao emprestar dinheiro uns aos outros para atender às suas necessidades de liquidez diárias.
A Taxa CDI é um importante indicador para o mercado financeiro brasileiro e é usada como referência para diversos investimentos, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), fundos de investimento, e outros produtos financeiros. Muitas vezes, os investimentos são remunerados com base em uma porcentagem da Taxa CDI, o que a torna uma referência crucial para os investidores no Brasil.
