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Todos os educadores financeiros são unânimes quando o assunto é fundo de emergências e sua importância é sempre destacada.
Mas por qual motivo esse assunto é tão importante e o que é um fundo de reservas?
Existem diversos tipos de fundos de reservas.
O mais comum é aqueles cobrados nos condomínios residenciais para poder financiar alguma reforma ou pagamento que o prédio tenha adquirido, nessa modalidade os condôminos se juntam para conseguir juntar uma quantidade de capital para custear as despesas comuns do condomínio.
Empresas de pequeno e de grande porte formam fundos de reservas investimento suas sobras de caixa em aplicações ou ativos que possam ser convertidos em dinheiro novamente, aumentando assim o seu lucro e a sua liquidez.
Mas e na nossa vida pessoal?
Compor um fundo de emergência é algo que ouvimos de diversos tipos de economistas ou profissionais financeiros.
Chega a ser aquele conselho que muitos ignoram por ser óbvio demais.
Afinal, quem não sabe que é preciso ter dinheiro guardado para eventuais emergências?
A insegurança do desemprego, os cortes de gastos nas empresas, o encolhimento dos salários e mais diversos fatores podem nos fazer sofrer uma perda na renda.
Ter um fundo reserva em uma situação dessas é um grande porto seguro para não passarmos por apertos enquanto buscamos um novo trabalho ou fonte de renda.
Um prestador de serviço autônomo ou PJ pode ter seu contrato encerrado sem aviso prévio e sem poder contar com benefícios sociais como FGTS e Seguro Desemprego, uma pessoa pega desprevenida pode passar grandes apuros caso não tenha nenhum dinheiro guardado.
Muitos sabem disso mas são pouquíssimos que aplicam isso no dia a dia.
Uma pesquisa feita pelo Banco Central do Brasil no início deste ano mostrou que 69% dos brasileiros não pouparam nada de seus rendimentos no ano de 2017.
Ao analisarmos os hábitos do brasileiro economicamente ativo e o perfil de consumo das famílias, notamos que constituir reserva não é um objetivo comum e ainda está longe de ser um hábito.
Tudo isso é um reflexo de um perfil de comportamento com pouco ou nenhum costume de se planejar.
Em um país com tanta desigualdade social, desequilíbrios econômicos e pobreza, é ainda mais difícil ter o privilégio de pensar em assuntos como este, se você faz parte do grupo que pode começar um planejamento então você está a frente de mais da metade do país onde milhões de pessoas sofrem com insegurança alimentar ou escassez de produtos básicos.
Planejamento e poupança são complementares e dificilmente existe um quando não existe o outro.
Sem planejamento não é possível enxergar o que precisamos fazer para conseguir diminuir as despesas e começar a guardar recursos.
Como Descobrir o Valor do seu Fundo de Emergência?
Para começar a perseguir o valor seu fundo de emergência você precisa descobrir qual seu custo fixo mensal, cada pessoa tem uma realidade financeira diferente bem como necessidades básicas de consumo diferentes.
Alguns pagam aluguel outros não, alguns tem como inegociável realizar cursos e estudar enquanto outros não.
Não é possível começar um fundo de reserva se você não souber quanto vai precisar poupar.
O ideal é descobrirmos quais são os nossos custos fixos por mês, ou seja, quanto você precisa ter de dinheiro para manter suas necessidades básicas sanadas.
Você pode fazer isso colocando em uma planilha todos os seus gastos fixos:
Vamos supor que esses gastos acima são pagos todos os meses, são despesas essenciais na vida de qualquer pessoa e sem elas seria impossível manter uma qualidade de vida média.
Essas são as despesas básicas e formam um montante de R$ 830,00.
Obviamente que uma pessoa de classe média tem muito mais despesas que essas citadas, conforme seu poder econômico cada pessoa possuí níveis de despesas mais altos.
Para uma pessoa que costuma ganhar mais dinheiro, a conta de despesas fixas pode incluir alguns itens que outros considerariam supérfluos como TV a cabo e Internet.
OBS: seja realista com o seu perfil financeiro ao compor suas contas fixas e tenha sempre em mente que esse fundo vai existir exatamente para um momento de dificuldade, como desemprego ou fatores externos.
Você pode ser o mais realista e detalhista possível ao compor o seu fundo emergencial:
Se estiver estudando coloque os valores do seu curso, inclua despesas bancárias e taxas que você já conhece assim como todas as despesas fixas que conseguir reunir.
Lembre-se de não incluir gastos com passeios, jantares, viagens ou itens de consumo supérfluos, isso tornaria a conta muita alta e irreal para um momento emergencial.
Após descobrir um valor real para o seu fundo de reserva, vamos mensurar o período que ele irá cobrir.
Se você ficasse desempregado hoje e perdesse toda a sua fonte de renda, quanto tempo levaria para se recolocar no mercado?
Quanto tempo você precisaria para se reorganizar?
Ninguém pode prever ao certo essa resposta, não sabemos quanto tempo pode durar um período difícil na carreira, ainda assim podemos mensurar um período ideal.
Cada profissional ou expert das finanças vai ter uma opinião diferente sobre os prazos, mas é comum a recomendação de 6 meses.
Para começar de maneira mais fácil e assertiva, inicie com 3 meses:
Se meus gastos fixos mensais básicos somam um total de R$ 830,00 para sobreviver sem renda por 3 meses eu preciso ter um fundo de emergências de pelo menos R$ 2.490,00.
Qual o Local Ideal para Guardar o Dinheiro de um Fundo Emergencial?
Definitivamente qualquer forma de aplicação que contemple os seguintes requisitos:
- Seja fácil e sem burocracia para sacar o dinheiro;
- Não cobre taxas de corretagem;
- Tenha taxa mínima ou isenta de Imposto de Renda;
- Não esteja alocada em uma conta de alto risco (ações ou renda variável);
Alocar seu fundo de reserva num título que tenha o seu vencimento para daqui 3 anos não seria efetivo para o seu objetivo, o fundo de emergência precisa ser fácil de ser retirado caso aconteça algum imprevisto.
Ele não pode estar aplicado num investimento de alto risco pois qualquer oscilação do mercado te faria perder o dinheiro investido.
Na dúvida aplique sempre em títulos de renda fixa de um banco de sua confiança, de preferência, sólido e com bom nome no mercado.
Compor esse fundo pode ser desmotivador ao enxergarmos que estamos demorando muito para atingir o valor que calculamos, ou que acabamos precisando do dinheiro para algum outro imprevisto.
Tenha em mente que esse fundo é exatamente para isso.
Precisar utilizá-lo para uma emergência é o melhor dos mundos do que precisar se endividar para resolver uma emergência.
É um trabalho lento de construção e varia de pessoa para pessoa.
Alguns conseguem compor em pouco tempo e ter mais disciplina do que outros, o que importa é começar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: